Sobre o Disco
A PALAVRA DE CELSO VIÁFORA
Meu coração se sente Deus, dançando um rock’n roll
Celso Viáfora mistura Deus e rock.
Na balada do samba.
Mas você conhece o Viáfora e sabe que o negócio dele não é rock
(quanto a Deus, não estou informado).
Basta olhar algumas das pessoas que estão com ele em Palavra!:
Demônios da Garoa, Wagner Tiso, Ivan Lins, Roberto Menescal, Yamandu Costa
Sem contar a Jane Duboc, o Jay Vaquer (já, meu Deus?) e o Paulinho Amorim.
E outros, muitos outros.
Palavras, palavras, palavras, já dizia Shakespeare, no seu Hamlet dinamarquês com sotaque inglês.
Love, love, love, dizia Pelé em seu campo americano, com sotaque e gosto de Bauru.
Não entendo nada de música, mas sou chegado com afeto nas palavras.
E quando a Jane (que, junto com o Paulinho, são bons no jogo de dicionário) me disse que o CD se chama Palavra!, tive que sucumbir, ler as músicas e ouvir as letras.
Mas o que eu vou dizer do Viáfora (além desta cara pra lá de simpática), se os cobras da nossa imprensa já se ajoelharam diante dele?
Revista Veja, Época, Mauro Dias (Estadão, várias vezes), Tárik de Souza (Jornal do Brasil), Hugo Sukman (O Globo), Carlos Calado (da roqueira Folha de S. Paulo), entre outros?
“Toda mistura é lumeeira
Cada pessoa tem seu dom
Pode ver que, na zoeira
Multidão canta no tom
Toda alma é batuqueira
Cada povo tem seu som”.
Ou seja, as palavras do cara têm dom, têm tom e têm som.
E mais: o homem tem Sangue Bom.
E mais não digo.
Só não entendo porque este cara nunca estourou.
Daqueles estouros de se ouvir pelo Brasil todo.
E pelo mundo.
Humildemente,
Mario Prata